Blogger

Gatos e outros tipos de estofos
Noutras linguagens: Cats and other kinds of stuff

Contribuidores

  • JCCosta
  • Rezendes


    • Logótipo do blogue

      Outros estofos do Rezendes


      Estofos para preguiçar
    • Abaixo de Cão
    • Afixe
    • A funda São
    • Ai o Cocó!
    • Anarca constipado
    • Ao Sabor do Vento
    • As Ruínas Circulares
    • Atrás da porta
    • Blogotinha
    • Bomba Inteligente
    • Duelo ao Sol
    • Elasticidade
    • Espelho Mágico
    • Eternamente Menina
    • Eu hoje vou
    • Impertinências
    • jUst bEiNg PeCoLa
    • Letras para EnSonar
    • Levemente Erótico
    • Linha de Cabotagem
    • Lolaviola's Journal
    • Meia Livraria
    • Mulher dos 50 aos 60
    • Objectos
    • Ocidental Praia Lusitana
    • O Vizinho
    • Peciscas
    • Random Precision
    • Retalhos na vida de um prof
    • Rodrigues na Net
    • Tó Colante
    • Uma sandes de atum
    • Vareta Funda
    • Webcedário
    • You've Got Mail
      Estofos acerca de blogues
    • Blogopédia...
    • Weblog
      Estofos arquivados
    • novembro 2004
    • dezembro 2004
    • janeiro 2005
    • fevereiro 2005
    • março 2005
    • abril 2005
    • maio 2005
    • junho 2005
    • agosto 2005
    • setembro 2005
    • outubro 2005
    • novembro 2005
    • dezembro 2005
    • janeiro 2006
    • fevereiro 2006
    • março 2006
    • abril 2006
    • maio 2006
    • junho 2006
    • julho 2006
    • setembro 2006
    • outubro 2006
    • novembro 2006
    • dezembro 2006
    • janeiro 2007
    • maio 2007
    • junho 2007
    • dezembro 2007



  • Procure aqui no GOOGLE 
     (Não é publicidade gratuita, não senhor, é só porque pode ser útil):



  • Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com
  • Estou no Blog.com.pt
  • lavalife website counters
  • domingo, junho 24, 2007

    Há mais «Céus» do que um...


    Etiquetas: gatos

    Posted by: Rezendes / domingo, junho 24, 2007
    |

    segunda-feira, junho 18, 2007

    De outros tempos como se fosse de agora...

    U

    m excerto de As Farpas, um poema de Mário-Henrique Leiria e uma tira de Mafalda, de Quino.



    De As Farpas:

    «O paiz perdeu a intelligencia e a consciencia moral. Os costumes estão dissolvidos, as consciencias em debandada, os caracteres corrompidos. A pratica da vida tem por unica direcção a conveniencia. Não ha principio que não seja desmentido. Não ha instituição que não seja escarnecicla. Ninguem se respeita. Não ha nenhuma solidariedade entre os cidadãos. Ninguem crê na honestidade dos homens publicos. Alguns agiotas felizes exploram. A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inercia. O povo está na miseria. Os serviços publicos são abandonados a uma rotina dormente. O desprezo pelas idéas augmenta em cada dia. Vivemos todos ao acaso. Perfeita, absoluta indifferença de cima a baixo! Toda a vida espiritual, intellectual, parada. O tedio invadiu todas as almas. A mocidade arrasta-se envelhecida das mesas das secretarias para as mesas dos café,. A ruína economica cresce, cresce, cresce. As quebras succedem-se. O pequeno commércio definha. A industria enfraquece. A sorte dos operarias é lamentavel. O salario diminue. A renda tambem diminue. O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
    N'este salve-se quem poder a burguezia proprietaria de casas explora o aluguer. A agiotagem explora o juro. A ignorancia pesa sobre o povo como uma fatalidade.»
    Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, As Farpas, vol. 1, Maio de 1871.

    De Mário-Henrique Leiria:

    A MINHA QUERIDA PÁTRIA

    a pátria
    os camões
    os aviões
    e os gagos-coutinhos
    coitadinhos

    a pátria
    e os mesmos
    aldrabões
    recém-chegados
    à democracia social
    era fatal

    a pátria
    novos camões
    na governança
    liderando
    as mesmas
    confusões
    continuando
    mesmo assim
    as velhas tradições
    de mau latim
    da Eneida

    enfim
    sabem que mais?
    pois
    vou da peida

    Mário-Henrique Leiria


    De Mafalda, de Quino:


    Posted by: Rezendes / segunda-feira, junho 18, 2007
    |

    quarta-feira, junho 06, 2007

    O clima nas escolas está de cortar à faca

    É

    preciso que alguém diga isto: o ambiente nas escolas portuguesas, pelo menos nas do ensino público, está de cortar à faca.

    Sente-se um mal-estar geral, um desânimo ainda mais acentuado do que há algum tempo atrás, que era já muito, esclareça-se, uma desmotivação que alastra em todos os sectores e que afecta funcionários e docentes, estes ultimamente sujeitos a um concurso que poucos irá abranger, nem sempre os mais assíduos, é importante esclarecer, nem os mais competentes, nem os mais empenhados, sendo antes um prémio para os que menos aulas deram porque foram nomeados para o desempenho de cargos que, habitualmente, se destinavam a completar horários e não por declarada competência de quem para eles era designado.

    Mas tanto os que poderão vir a ascender à categoria de titulares como os que poderão não chegar a tal desidério reconhecem a injustiça da situação criada pelo concurso que presentemente se desenrola. E muitos dos que nunca ou raramente faltam aos seus deveres de professores, que, tanto quanto se saiba, passam primordialmente pela leccionação, vêem-se com espanto ultrapassados por colegas menos assíduos e que deram muito menos horas de aulas ao longo dos anos.

    Não admira, por isso, que o clima de escola esteja cada vez mais negativo, que surjam discussões, que se acentuem animosidades e antagonismos, que se instale a frustração. Nalguns departamentos disciplinares, as vagas a concurso abrangem apenas um quinto dos candidatos, enquanto noutros quase cobre a totalidade dos que se podem habilitar, criando-se situações de enorme disparidade e desigualdade, que se baseiam em critérios obscuros, havendo assim docentes com uma grande competência na leccionação que serão claramente ultrapassados por outros professores com muito menos experiência, apenas porque a estes lhes foram atribuídos cargos porque, caso não o fossem, poderiam não chegar a ter horários completos e ver-se na situação de terem que mudar de escola.

    Por muito que queiram estabelecer paralelos com a situação militar, aqui não se trata de funções diferentes: todos são professores, todos leccionam as mesmas disciplinas (não havendo qualquer hierarquia de importância de uns níveis face a outros dentro dos mesmos ciclos de ensino), todos desempenharam funções ao longo das suas carreiras, muito embora pareça que apenas os últimos anos contem para tal, ignorando a contribuição que os mesmos professores deram nos anos anteriores e a relevância dos cargos que assumiram nesse período de tempo. Não conheço sargentos e oficiais no ensino; não conheço tenentes, capitães, coronéis e generais. A não ser que se pretenda estabelecer alguma comparação com as personagens dos romances de Jorge Amado.

    Acabo como comecei: o ambiente nas escolas está de cortar à faca. E isto não traz nada de positivo para a qualidade do ensino em Portugal; antes pelo contrário. E só não verá isto quem não percebe (ou não tem sequer a pretensão de fazê-lo) como funcionam as escolas e a importância que estas assumem para o futuro do país. Se o panorama é negro nas escolas, também o será para o resto do país. É preciso que se diga.

    Etiquetas: ensino, escolas, professores

    Posted by: Rezendes / quarta-feira, junho 06, 2007
    |

    This page is powered by Blogger. Isn't yours?

    Creative Commons License