A
ndo com uma verdadeira inclinação para não votar no referendo, isto apesar de concordar com a alteração da lei da interrupção voluntária da gravidez (IVG, para quem gosta de acrónimos), mas prevejo já o aproveitamento pelo partido da maioria de uma provável vitória do SIM, que andam já por aí uns senhores, daqueles que gostam de opinar sobre tudo e mais alguma coisa, a tecer considerações acerca de uma vitória ou derrota partidária, que é no que isto se vai tornar, basta esperar para ver, porque esta politiquice à portuguesa acaba por transformar assuntos sérios e que dizem respeito à cidadania em geral em assuntos de política partidária, porque a situação em que nos encontramos provém de uma manifesta falta de coragem para fazer aprovar uma lei num parlamento onde uma maioria faz passar o que muito bem quer e entende, e reprovar minudências como a legislação anti-corrupção, que é coisa em que não interessa nada mexer, pois está visto que assim é que as coisas estão bem, afinal o que é suficiente é mudar umas coisitas aqui e acolá para dar a aparência de que se mudou alguma coisa, quando ficou afinal tudo como dantes, é no que dá fazer birras a propósito de tudo e de nada.
O que me irrita esta gente!