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  • quinta-feira, setembro 07, 2006

    Os Maleáveis

    Q

    uando assumiu as responsabilidades para as quais foi designado, o Artur decidiu, de uma vez por todas, adaptar-se às circunstâncias o melhor que pudesse e soubesse, e nisso tinha uma já longa experiência, habituado que estava a dizer uma coisa e a fazer outra, não é que enganasse fosse quem fosse, não, era tão só uma capacidade de adaptação ao momento e à altura em que tinha que tomar decisões, uma maleabilidade que, considerava ele, era um das suas mais importantes características, não estranhando, portanto, que com ele levasse uma série de amigalhaços que, à sua imagem e semelhança, possuíssem essa ductilidade mais ou menos intrínseca às respectivas maneiras de ser, quem olhasse para aquilo com olhos de ver acharia por certo que não passava de uma súcia de aldrabões, sempre prontos a meter a mão no que não lhes pertencia e a darem cabo de tudo e mais alguma coisa só para levarem a opinião deles avante, se é que de opinião se tratava, ou não houvesse ali alguma estratégia bem oculta dos mais atentos observadores, com que intenções é que não se sabia ao certo, boas é que não eram certamente, e más dependia do ponto de vista, que havia sempre uns quantos néscios que achavam que sim, e à grande maioria não era difícil enganá-la, bastando para tanto acenar-lhe com umas quantas pataratas, quanto mais bem engendradas melhor, fundamento legal daqui, fundamento legal dali e já estava, se fosse preciso arranjava-se umas quantas determinações europeias, daquelas que quase ninguém contesta porque vêm de lá do centro da Europa e, como estamos cá arrumados num cantinho, aquilo deve ser verdade mesmo, vai-se então duvidar?, ora essa, se uma pessoa desata a desconfiar nos de lá do centro da Europa então em que é que vai confiar?, no vizinho é que não, isso nem pensar, não faltava mais nada, que sempre que puder ele vai é dar-me cabo da paz e do sossego, nem mais, vizinho serve é para isso mesmo, se não for isso serve então para quê?, agora essa gente que tem duas caras, ou até mesmo mais, o tal Artur e a sua pandilha, esses é que não se ralam com nada disto, vão fazendo o que muito bem querem e lhes apetece pela calada, e nem sequer é da noite, que não lhes falta descaramento suficiente para descartarem o período diurno, aquilo vai a todo o vapor, dão a cara a qualquer hora do dia e levam tudo à frente, os menos atentos e os mais atentos, venha quem vier leva pela mesma medida, com uma ou outra eventual excepção para os amigos do peito, aqueles que, mesmo sofrendo da maior incompetência, acabam por recolher benefícios aqui e acolá, afinal quem manda é quem manda e está tudo dito.

    Posted by: Rezendes / quinta-feira, setembro 07, 2006
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