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  • quarta-feira, julho 05, 2006

    Aquariofilias

    A

    o fundo da sala, sobre um parapeito encimado a mármore, onde antes havia uma janela que dava para a varanda agora transformada em marquise, atraía o olhar mal se entrava, com os reflexos das luzes que iluminavam a água transparente e onde aqui e ali brilhava o colorido dos pequenos peixes que nadavam de um lado para o outro, naquela prisão mais ou menos dourada em que não raras vezes os peixes de água doce se vêem enclausurados para deleite da vista das gentes, merecendo que se diga que se tratava de um aquário de dimensões razoáveis, onde não faltavam as verdurinhas artificiais, umas tantas pedras no fundo, um aparelho para purificar e oxigenar a água, uma alimentação regular e suficiente para que os aquícolas fossem medrando nas suas minúsculas existências, enfim, tudo o necessário para preservar uma subsistência razoável para um peixe doméstico que se preze e a que os anglo-saxónicos poderão chamar the works, a isto se aliando uma limpeza esmerada de quando em vez de tal habitáculo, com toda a imensa panóplia de instrumentos necessários para a levar a bom porto, redezinhas para retirar os animaizinhos com todos os cuidados, instrumentos e acessórios de limpeza, mais isto e mais aquilo, tudo para contentamento do L. e da A., que alegremente apontavam esta e aquela espécie aos ignorantes visitantes, e não menos contentamento mostravam aos encómios prestados àquele minúsculo microcosmo que, até certo ponto, retinha uma boa parte da atenção de quantos entravam naqueles domínios, até mesmo dos que acabavam por se sentar no sofá que encostava ao dito parapeito, de costas para o domicílio piscícola, e isto foi durando até ao dia em que, após uma das já rotineiras barrelas ao aquário, e repousando ao fim do dia no já referido sofá, a A. sentiu uma agradável tepidez junto às costas, onde não havia nem aquecedor eléctrico nem nenhum outro aparelho destinado a aquecer o ambiente, reparando, com espanto, que os peixes se haviam abstido dos seus habituais passeios para a direita e para a esquerda, chegando à conclusão que se encontravam todos à tona da água, bem cozidinhos e defuntos, devido a um descuido na regulação do termóstato, que lhes oferecera uma temperatura ambiente bem mais apropriada a ambientes tropicais do que ao clima temperado a que estavam acostumados, o que serviu de exemplo para que o tal aquário acabasse na arrecadação da cave, desaparecendo definitamente da divisão de honra da casa, onde mais tarde começaram a aparecer os cartazes dos Pink Floyd, mas isso é outra história.

    Posted by: Rezendes / quarta-feira, julho 05, 2006
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