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  • sexta-feira, maio 26, 2006

    Um Verão (que se prevê) quente

    D

    os dias de um verão há 31 anos atrás, a que chamaram verão quente, recordo sobretudo alguns meses que passei numa trupe de gente nova mais ou menos subsidiada e comprometida com Michel Giacometti, a fazer recolha etnográfica por esse país fora, com maiores preocupações pela diversão do que pelo trabalho em si mesmo, mas em que fiz amigos que duraram ao longo dos anos, um dos quais já não está entre nós, e da minha maneira de ser mais ou menos anarca em relação aos acontecimentos que se iam desenrolando nessa época conturbada, em que assisti a alguns assaltos a sedes de partidos ali pela zona centro do país, de longe, claro, por via das dúvidas, sendo que as minhas lembranças se centram muito mais nos tempos em que percorria a avenida de Roma a gritar a altos berros Viva o processo revolucionário... em curso, ou Edição integral... da Cartilha Maternal e outras brilhantes ideias no género, e ainda de andar à boleia a caminho de casa de amigos na zona de Leiria com um enorme facalhão enviado numa das botas, não fosse a coisa dar para o torto, enquanto os condutores simpáticos que paravam para nos levar (ainda havia gente que fazia isso, nesses tempos) falavam do perigo que era dar boleia nos dias que corriam, porque havia gente que andava com facas e não eram raros os casos de assaltos, que não era a minha ideia, como era evidente, mas tão-só precaver-me caso houvesse algum tipo de problemas, se bem que não sei o que faria se os houvesse, que nunca me passaria pela cabeça ter que puxar da faca fosse para quem fosse, se bem que uma vez, por causa de brincadeiras, houve um desses amigos que foi parar ao hospital de Leiria para levar uns quantos pontos numa das mãos por causa de uma brincadeira estúpida, que é o tipo de práticas que uma pessoa tem nessas idades em que não se pensa lá muito bem nas consequências, a que aliás não era estranho, uma vez que já tinha andado metido em duelos de espingardas de chumbinhos no quintal da casa onde morava nos Açores, havendo até um indivíduo que ficou quase sem ver de uma vista por ter levado um tiro na lente dos óculos (não fui eu, confesso), e depois no liceu éramos conhecidos como os gringos da Ribeira Grande, enfim, disparates, que já os havia dantes e há-de continuar a haver sempre, o que é que se pode fazer, é comer e andar, se bem que mais perigoso é andarem agora aos tiros com armas de guerra, que foi coisa que só experimentei na tropa e que me chegou e sobrou.

    Posted by: Rezendes / sexta-feira, maio 26, 2006
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