N
ão tenho escrito coisa que preste, o que não quer dizer que antes escrevesse alguma coisa de jeito, era tão-só uma maneira de dizer, quem sabe, até, de me tirar da modorra que tenho sentido nestes últimos dias, um tem-te-não-caias, uma mornice sem ânimo, uma falta de genica que me faça pegar no teclado e fazer com que saiam palavras com sentido, pelo menos para mim, o que nem é mau de todo, sempre sabe mais ou menos bem e alivia, mas sinto que se me vai esvaindo a vontade, que uma vez por outra nem é já muita, o apego às letras, ao trabalho, seja lá o que for que me faça sentir-me útil para qualquer coisa que não seja andar armado em custódio, que destes só sei de um jogador da bola de quem se ouve falar uma vez por outra e, no feminino, da tal de Belém, coisa de tempos remotos e de dúvidas vicentinas, é no que dá quem andou para aí a pensar que fazer cruzinhas nos papelinhos do Post Scriptum é que valia a pena, no post já ando eu, que é isto aqui, pelo menos para os anglo-saxónicos, se bem que me parece que o estrangeirismo pegou, à falta de melhor, como é habitual, agora o scriptum é que já fia mais fino, necessita de achas que alimentem o fogacho, ou ao menos uma pequena labareda, nem que seja uma faísca, já uma pessoa se sente mais contente, quiçá aliviada, ufa.