Aqui há gato, no plural gatos, que nunca ouvi dizer aqui há gatos, só se for por causa do cheiro, mas isso a mim não me diz respeito, que por enquanto isto ainda não deita cheiros, lá virá o dia, quem sabe, ainda há pouco li que já andam a inventar computadores que tresandem, já não basta quando este negócio queima os neurónios e fica um fedor a borracha queimada, se não é borracha é outra coisa parecida, tal e qual uma viagem no metro no pino do verão, depois há aqueles e aquelas que cheiram mal da boca, e para dizer a verdade nunca vi um gato que cheirasse mal da boca, apesar de comerem peixe e outras iguarias no género, verdade se diga que não andam por aí a dar conversa a torto e a direito por dá cá aquela palha, gato que é gato diz o essencial e mais nada, não se põe cá com retóricas de meia-tigela, se calhar até fariam bem melhor do que os que por aí andam a dizer que-sim-mas-que-talvez e depois fica tudo como dantes, se não for pior, e depois vão ao estrangeiro e metem-se em cuecas a correr que nem uns tontinhos e acham que aquilo assim é que está bem, que é figura de gente que se faça, uma data de gente numa correria doida pelas avenidas fora, já cá faltava também o cheiro a suor, ora gato que se preze corre quando é preciso e mais nada, não se mete por aí em roupa interior à frente de qualquer bicho careta, que é para não pôr isto no feminino, caso contrário é que era o bom e o bonito, depois vinham por aí fora a dizer que é preconceito ou qualquer baboseira no género, eu é que nunca vi um gato a dar um espectáculo daqueles, venham atrás de mim que eu é que sou o líder, ficaram a faltar os auscultadores nos ouvidos, que eu cá não vi nenhuns, deve ser tudo gente muito saudável, pois com certeza, correm, correm, não fumam nem metem sal na comida, pãezinhos sem sal é mas é o que são.