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  • segunda-feira, janeiro 02, 2006

    Ano novo, vida nova


    A

    no novo, vida nova, disse ele à mulher, deixando-a acreditar que ia ao café, ou comprar cigarros, ou coisa no género, certo, certo, é que nunca mais voltou a pôr os pés em casa, desandou, como se diz, deu às de Vila-Diogo, dizia-se noutros tempos, pôs-se na alheta, bazou, que são expressões mais contemporâneas, depois ainda dizem que não há surpresas de ano novo, ai não que não há, aí está uma para amostra, nunca se chegou a saber bem o que o levou a tal, quem saberá dizer se estava farto, ras-le-bol, diriam os franceses, up to here, diriam os anglófilos, estendendo a mão à altura da testa, porventura outros dirão ainda da maneiras diferentes, que a cada povo seus usos e costumes, mesmo por cá há quem diga as coisas de uma maneira ou de outra, o mal é que as que se diziam hoje em dia já quase não se ouvem, assim se vão perdendo as memórias, que a linguagem está mais pobre de dia para dia, e a única excepção serão as asneiras, que tendência para essas é coisa que não falta, e ao fim e ao cabo a criatividade tem que ser canalizada para algum lado, o pior é que vai para o lado errado, assim não saimos da cepa torta, ou seja, da asneira, e já lá vai o tempo em que passear sem destino ou sem propósito era o que se dizia fazer uma visita à senhora disso mesmo, da asneira, para que fique claro o que se pretende aqui dizer, entretanto a conversa foi-se alongando noutro sentido e acabou-se por perder o fio à meada, ou melhor, ao tal indivíduo que se pôs ao fresco, que cá por estes lados andar na rua no ano novo é mesmo andar ao fresco, que ainda não chegámos aos trópicos, se bem que há uns pessimistas que dizem que pouco falta, pois desse tal que deixou casa, família, cama e roupa lavada nunca mais ninguém lhe pôs a vista em cima, sobretudo a mulher, se calhar era essa mesma a intenção, para além das pessoas deixou ainda o emprego, as contas no banco, o automóvel e tudo o resto, a coisa chegou a meter polícia, investigações mais ou menos aturadas, mas se um homem desaparece e não quer deixar rasto é porque não pretende mesmo que o encontrem, vai-se a ver e emigrou, foi para a Austrália, os antípodas, a China, o Canadá, as Bermudas, com ou sem triângulo, quem sabe?, se calhar sabe ele e já chega.

    Posted by: Rezendes / segunda-feira, janeiro 02, 2006
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