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  • domingo, setembro 11, 2005

    Casas de comida II


    E

    m andanças por aqui e por ali, em tempo de vacanças, como a esses tempos de ócio se referem os afrancesados que andam emigrados por terras de azul, branco e encarnado, com a marselhesa às costas, que é como quem diz ao ouvido, salvo seja quem tenha ouvidos em tais lugares, coisa por demais estranha quando se sabe que os ouvidos devem estar localizados nas zonas laterais da cabeça e não no traseiro, se bem que há quem goste mais de falar do que de ouvir e por isso mesmo pareça ter tais apêndices na parte traseira do corpo, nessas deambulações, dizia, dei por mim um tanto ou quanto farto de mariscadas e outros pratos do mar, que ali naquela zona é o que mais se consome, e resolvi, devia dizer melhor, resolvemos, porque não ia sozinho, encontrar um restaurante onde se comesse carne, e às tantas por tantas demos com um comedor inaugurado praticamente novinho em folha onde se anunciavam grelhados de carne, que para desenjoar estavam mesmo a apetecer, daí a nossa decisão de optar por esse assador a sebo, nome estranho, diga-se, que o que lá vinha escrito mesmo era asador acebo, que se era a sebo ou a carvão isso nunca cheguei a descobrir, apesar de não ter dado por nenhum odor particular quando nos levaram para uma visita completa do restaurante, desde a área reservada a banquetes, casamentos e baptizados incluídos, com lugar especial para os aperitivos, casas de banho, cozinha da respectiva zona, salas do comedor e tudo, a que não nos recusamos pela curiosidade de tal novidade, já agora, ou seja, naquele altura, que até tínhamos chegado cedo e a sala de refeições ainda não se encontrava completamente pronta, fazia-se horas e aproveitava-se para abrir o apetite.

    Eu cá, das primeiras coisas que faço quando me sento à mesa do restaurante é trocar os óculos de ver ao longe pelos de ver ao perto, que ainda não me adaptei às lentes progressivas, nem sequer tentei, para dizer a verdade, que bem vi um colega meu que tomou essa opção estar sempre a empinar a cabeça para olhar para o ecrã do computador, e preferi, para ser franco, dar-me ao trabalho de trocar de lunetas do que estar sujeito a apanhar um torcicolo, mas a Carmo, que é um tudo-nada menos dada a essas mudanças constantes, já que partilhamos desse mesmo mal que é ter que usar o nariz como suporte de prateleira para o inevitável par de óculos, a que os ingleses chamavam spectacles e que não têm mesmo nada de espectacular, sobretudo quando se embaciam, insiste em ler as ementas sem óculos ou com os de ver ao longe, daí que tenha dado por um prato de costeletas, chuletón, como dizem lá para aqueles lados, com uma característica especial, porque leu chuletón XL, que eu tive cá para mim que devia ser para gente mais avantajada, a quem nada mais satisfazia do que um tamanho acima do normal, e pusemo-nos a olhar para a direita e para a esquerda a ver se alguém se encorajava a tal especialidade, a tirar as medidas aos outros comensais, fazendo suposições em relação às dimensões estomacais dos putativos candidatos, se bem que dali a pouco achei estranhas tais referências e eis senão quando reparo que afinal o que lá estava escrito era KL, costeletas ao quilo, a coisa mais normal deste mundo, o que nos criou um enorme desapontamento, para já não falar no ataque de riso, gorando-se as nossas expectativas de observar em acção uma personagem em tudo idêntica àquela do Sentido da Vida dos Monty Python, decepções destas são de facto uma tristeza, ai não que não são.

    Posted by: Rezendes / domingo, setembro 11, 2005
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