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  • domingo, setembro 18, 2005

    Azedumes


    - Cheira a restos - afirmou. - A coisas estragadas, comida podre, a carne morta, a corpos sujos e a mentes infectas - especificou.
    - A que se refere? - questionou o outro.
    - A este mundo. A si, a mim, a todos nós, aos que nos regem, àqueles que nos obedecem, aos que gerámos e aos que nos geraram a nós.
    - Não sou assim tão negativista, nem acho que tudo e todos mereçam um tão grande desprezo.
    - Pois engana-se. À primeira oportunidade, e sem sequer pensar muito no assunto, quem quer que seja enfiar-lhe-á uma faca nas costelas. E não lhe ficarão grandes remorsos por isso. A primeiro descuido da sua parte, este mundo que tanto preza será capaz de o engolir de uma só vez. O maior dos seus amigos sugar-lhe-á a alma por dá cá aquela palha. Literalmente. Por nada.
    - Acha então que a vida humana vale assim tão pouco para os outros?
    - Para os outros, sim, e para nós também. A vida humana, como diz, hoje em dia nem chega para servir de moeda de troca. Se é que alguma vez chegou. É o que faz a inflação. Há cada vez mais gente, mais vidas que nada valem. Por meia dúzia de tostões se compra quem lhe possa arruinar a vida de um momento para o outro. Ou tirá-la mesmo, se preciso for. E não faltam candidatos para o fazer.
    - Poderá ser. Mas para ser franco não concordo com essa desvalorização galopante a que acaba de referir-se. Ainda há quem dê o devido valor a cada pessoa, quem ache que não há nada que pague uma vida.
    - Ingenuidade sua. Acredita sinceramente que esses - e essas - que se oferecem para gerir as vidas de todos nós - e repare que nunca há míngua de candidatos - alguma vez se preocupam ou se interessam verdadeiramente pela felicidade e o bem-estar dos que lhes dão esse poder? Que mal se vêem dotados dele, desse inequívoco poder, não buscam apenas a infelicidade geral, tentando alimentar a noção de que são indispensáveis e se rodeiam de uma impenetrabilidade superior que nada nem ninguém será capaz de quebrar? Que as suas preocupações apenas se orientam para o desenvolvimento dessa ideia de necessidade que criam na mente geral?
    - Não sou assim tão cínico...
    - Não? Não serão os ideiais da bondade judaico-cristã que ainda o inibem de possuir uma noção mais clara acerca do verdadeiro carácter das pessoas, que são capazes das maiores vilezas imagináveis?
    - Todas? E não encontra excepções a essa sua regra?

    Posted by: Rezendes / domingo, setembro 18, 2005
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