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  • segunda-feira, abril 25, 2005

    Dia 25, ou seja, hoje


    O

    vinte e cinco a mim recorda-me sempre o dia de Natal, como naquela cena da escola do Cinema Paraíso, os presentes na chaminé, o jantar em casa dos avós que era uma seca porque não se podia fazer barulho nem correr nem experimentar os brinquedos novinhos em folha de que só me deixavam levar um, e nada mais do que um, para não fazer confusão nem ceder a tentações de ruídos inusitados pela excitação e pela novidade, e mais tarde o tal de Abril, que se passou sem que se desse por grande coisa, a não ser que se ouvia à boca pequena que alguma coisa tinha acontecido lá em Lisboa, que era bastante longe, do outro lado do mar, e lá que seria algo de estranho isso ninguém nos tirava da ideia, que a emissora regional só tocava música clássica e as outras também não se atreviam a passar notícias sem terem a certeza que no dia seguinte não levavam na cabeça ou lhes fechavam as portas, e eu nas lições de condução bem perguntava o que é que achavam os instrutores e os que por lá andavam acerca do que se estava a passar, entre os colegas de liceu também toda a gente se questionava sem que houvesse um mais informado que dissesse alguma coisa, ou então sabiam e nada diziam, o medo era mais que muito, ou então era prudência, às vezes não é fácil destrinçar entre uma coisa e outra, as bocas estavam mais bem fechadas do que uma ostra somítica, primeiro via-se e ouvia-se, desfaziam-se as incertezas, e só depois é que se comentava, nem havia televisão por aquelas bandas para nos dar umas imagens da capital do país ou fosse de onde fosse, nada, que o mais que se conseguia era umas imagens distorcidas da emissão americana da base das Lajes, e era para poucos, para os que tinham aparelho, que era bicho raro, escondido bem lá no alto de um sótão qualquer onde não fosse possível ver-se da rua a antena empoleirada lá no alto do telhado, tentando desesperadamente captar aquelas linhas cheias de riscos aos zês e uns guinchos e uns estrépitos que seriam parlapié dos americanos, e lá se andou às escuras o dia quase inteiro até só a vinte e seis se ter mais umas tantas respostas, que no primeiro de Maio então já eram certezas, daí que tenha ido para a primeira manifestação no centro de Ponta Delgada armado com uma bandeira do Benfica, eu que até sou do Sporting, uma traição que nunca me perdoei mas que na altura soube que nem ginjas ao meu espírito algo anarca, e lá mais para a frente acabaram-se as aulas de Organização Política e Administrativa da Nação, o sétimo ano ficou-se pelas cinco disciplinas em vez das seis da praxe, consequências revolucionárias, o pior foi depois o ano a marcar passo nos estudos e o serviço cívico, que deu pano para mangas e que se calhar um dia destes dá tema para um post, mais consequências revolucionárias, se bem que uma revolução afinal é mesmo para virar as coisas do avesso e não para deixar tudo na mesma como a lesma, que é o que temos para aí agora em abundância, lesmas, não revoluções.

    Posted by: Rezendes / segunda-feira, abril 25, 2005
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