No dia depois de eu morrer
poderás então vestir o meu cheiro à volta do corpo
e deitar-te à noite no meio da cama
com a cabeça deitada
onde eu sonhava contigo.
Irás então arrumar os meus segredos,
que conhecias tão bem como eu,
guardarás os meus brinquedos
numa caixa de papelão,
desarrumarás os livros das estantes
e de cima das mesas,
no meio de papéis inúteis,
e nas gavetas encontrarás as minhas mãos
à tua procura.