Espero-te pelos dias fora num café, numa rua de árvores
entre uma avenida e outra.
Não sei se vens; é como um prazer antigo, este café amargo,
estas mãos pelos jornais, estas sombras de rostos iguais.
No quarto pequeno, longe destas ruas, vais deitar-te sobre um leito,
deixas-me, sobre o fogão, o mesmo corpo que eu esqueço pelos dias,
vamos morrer também, um dia destes,
a tomar o mesmo chá,
a falar sobre as mesmas coisas.