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  • quarta-feira, fevereiro 23, 2005

    Superstições de A a C

    A

    lgumas (poucas) superstições retiradas da obra inestimável Dicionário de Superstições, de Hubert Laurioz, Edição Temas e Debates.

    ADVOGADO
    O ADVOGADO DO DIABO. Se passarmos perto de um tribunal e nos cruzarmos com um advogado, devemos ordenar-lhe que se descalce. Se recusar, estamos com toda a certeza em presença do Diabo em pessoa, que os pés fendidos não podem deixar de trair.

    AGULHA
    PROVOCAR A PARTIDA DE ALGUÉM. Certas donas de casa conhecem esta estranha e astuciosa superstição, que consiste em colocar uma agulha no assento da cadeira de uma visita importuna. Esta não se pica, pois a agulha está colocada horizontalmente; mas começa a sentir uma curiosa perturbação, que lhe inspira rapidamente a boa ideia de se despedir. Para provocar ainda com mais segurança a partida dos impertinentes.
    AGULHA QUE SERVIU PARA COSER UMA MORTALHA. Esta agulha será particularmente apreciada em sessões de magia, nas previsões do destino e nos rituais que utilizam figuras de cera ou de papelão. Colocar uma destas agulhas sob o prato de um conviva corta-lhe o apetite, podendo, em certas variantes mais radicais, atrair a tísica (tuberculose) sobre esta pessoa.
    UMA PALAVRA QUE NÃO DEVE SER PROFERIDA. Por fim, evitemos proferir a palavra «agulha» ao saltar da cama, pois dá azar... no caso de acordarmos algum dia com a estranha vontade de dizer tal palavra.

    ÁLCOOL
    OS ALCOÓLICOS SÃO INFLAMÁVEIS. Gaston Bachelard, em A Psicanálise do Fogo recorda a convicção substancialista que, como se acreditava no século XVIII, implicava o seguinte: quem ingere álcool pode arder como ele. Bachelard cita vários casos, entre os quais o seguinte:

    Lê-se nos actos de Copenhaga que, em 1692, um mulher do povo, cuja alimentação consistia quase exclusivamente no uso imoderado de bebidas espirituosas, foi encontrada, certa manhã, quase inteiramente consumida, com excepção apenas das últimas articulações dos dedos e do crânio...


    O próprio Émile Zola parece ter acreditado nesta crença de que um ébrio em estado terminal pode arder subitamente, provocando uma verdadeira deflagração.

    ATACADORES
    PRESSÁGIOS DIVERSOS. Não devemos espirrar enquanto apertamos os sapatos, pois dá azar. É de muito mau augúrio descobrir, logo pela manhã, que nos esquecemos de apertar os sapatos, ou, então, que partimos um dos atacadores. Se o atacador do lado esquerdo estiver desapertado, significa que alguém disse mal de nós; se for o do lado direito, talvez tenhamos sido elogiados(as).

    CACHIMBO
    PREVISÕES METEOROLÓGICAS POR MEIO DE UM CACHIMBO. Quando o tabaco atacado e aceso sai do cachimbo é sinal de que a chuva está próxima.

    CHÁ
    A INFUSÃO DOS SENTIMENTOS. Em Inglaterra, os homossexuais reconhecem-se facilmente por obedecerem ao pormenor de deitarem o açúcar na chávena antes do chá. Minhas senhoras, fiquem ainda a saber que um homem que vos sirva o chá também um dia vos fará um filho.
    A LEITURA DAS FOLHAS DO CHÁ. Nos países anglo-saxões, onde domina a tradição do chá, existe um método de adivinhação equivalente ao da leitura nas borras de café, cujas profecias se baseiam na observação de formas assumidas pelas folhas de chá no fundo da chávena, depois do consumo. Na introdução de L'Avenir dans les Feuilles de Thé, o autor deixa as portas abertas: «Se deixarem falar a imaginação, não se enganarão».

    CHALEIRA
    O APITO DA CHALEIRA. anuncia más notícias. Deve proceder-se de tal modo que o bico da chaleira se oriente para oeste.

    COITO

    Dizei-me, por favor, quem quereria entregar-se a uma coisa tão feia e tão suja como o coito?

    DU LAURENS, Oeuvres, 1621

    NÃO MUITAS VEZES. Ambroise Paré incita à moderação. Coitos muito frequentes tornam o sémen «débil e indigesto (sic) e adulterado» e produzem filhos lastimáveis. Por conseguinte, «não deve assediar-se a esposa muitas vezes, pois, deste modo, o sémen não tem tempo para ficar bem cozido e elaborado» (Oeuvres, 1585).
    E NA POSIÇÃO CORRECTA. O inefável doutor Venette, por diversas vezes citado, na sua Génération de L'Homme, de 1685, passa em revista quatro configurações essenciais:
    - O amor deitado: é a postura conveniente.
    - O amor sentado é desaconselhável, pela dupla razão de poder estar na origem de uma gestação defeituosa e por celebrar a vitória da mulher «possuída por uma paixão desregrada» pelo homem «que, segundo as regras da natureza, deve dominar a mulher, e que passa pelo senhor de todos os animais».
    - O amor por detrás: é muito contrariado que o bom doutor reconhece esta posição suspeita: «Incluiria aqui a postura de acariciar uma mulher por detrás entre as que são contra as leis da natureza, se um filósofo e dois médicos não me dissessem o contrário».
    - O amor de pé é condenado sem ambiguidade: «Esta postura altera a saúde, provoca tonturas, dores de cabeça, tremores nos joelhos. É uma fonte de reumatismo e de gota».

    Posted by: Rezendes / quarta-feira, fevereiro 23, 2005
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