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  • domingo, fevereiro 13, 2005

    Ora bolas


    Ainda no outro dia empreguei esta interjeição num comentário qualquer, e só depois me pus a pensar nela, mas afinal o que é que aquilo queria dizer?, ora sabia eu bem que era agora, até aí tudo certo, mas em relação às bolas é que fiquei cheio de dúvidas a que é que se referia a palavra, será alguma alusão sexual, não, não deveria ser, porque havia pessoas do género feminino que a usavam, exactamente do mesmo modo que as do sexo masculino, e em contextos em tudo idênticos, por isso não era muito claro que se tratasse de quaisquer apêndices anatómicos, contudo não era igualmente claro que o termo andasse à volta das bolas de bilhar, ou de ténis de mesa, uma pessoa se está danada com alguma coisa não se vai pôr a pensar no bilhar ou no ténis de mesa, isso pareceu-me óbvio, se bem que o que é óbvio a certa altura pode não o ser daqui a bocado, as coisas são mesmo assim, olha, isso parece-me óbvio, e daqui a pouco, com a conversa mais adiantada, aditando mais uma meia dúzia de argumentos, a coisa muda de figura, não, olha que isso não me parece assim tão óbvio, pois é, o que é claro por vezes fica escuro e vice-versa, esta volatilidade opinativa acontece com alguma frequência, basta uma simples alteração de estado de espírito, aquilo a que os anglo-saxónicos, com aquela tendência para a sintetização que se lhes conhece, chamam «mood», termo interessante e musical que em português não tem nada que se lhe assemelhe.

    Aliás, o termo bolas não deixa de ter o seu interesse e de provocar alguma reflexão, antigamente era asneira, não é que agora tenha deixado de ser calão, mas tornou-se menos agressivo, o vernáculo vai-se alterando com o tempo, e também suavizando, o bestial dos anos sessenta agora já nem significa nada, o bué dos noventa já aparece nos dicionários, o que era giro tornou-se baril e agora nem sei o que é, fixe, tá-se, tudo em cima, e expressões quejandas são inegáveis contributos para uma cada vez maior redução do vocabulário, um dia destes damos por nós a falar por monossílabos, já nem deve faltar muito, eliminam-se as vogais como no árabe a estamos despachados, os ésse-éme-ésses e as salas de conversa da Internet vieram simplificar a comunicação, dizem alguns, cá para mim é conversa fiada, não passa disso, agora em relação às bolas é que francamente continuo com dúvidas. As interjeições «asneirosas» são já bastante vetustas, o que deve querer dizer alguma coisa, provavelmente que desde tempos remotos foram dos poucos aspectos em que a língua não evoluiu, se bem que a capacidade inventiva dos portugueses nesta área é surpreendente, existem livros a comprová-lo, até um estudo de uma universidade do norte, aberto a constantes contribuições externas, mas o ora bolas é coisa que já nem se ouve tanto como isso, deve ser para evitar tão antiquado termo que os locutores de futebol se referem ao esférico, à redondinha, naquela gíria que insistem em enriquecer a cada dia que passa. Para eles, o meu ora bolas.

    Posted by: Rezendes / domingo, fevereiro 13, 2005
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