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  • sábado, fevereiro 12, 2005

    Gravidez por correspondência


    - O s’ doutô pedia-m’era ajudá a minha nora a tê um menine... – pedia a mulher ao médico.
    - Mas a senhora quer que a sua nora fique grávida? Nesse caso tem que a trazer aqui à consulta. - Respondeu o médico, solícito.
    - Sim, s’ doutô, ê vou marcá uma consulta pr’aiela na semana que vem.
    - Acho que é o melhor, dona Joaquina.

    Na semana seguinte, a dona Joaquina e a nora apresentam-se à consulta.

    - Então a senhora quer engravidar, não é?
    - É, sem, s’ doutô. Eu guestava munto de tê um menine. Mas se fô uma menina tambê nã ‘tá mal. É o que Nosse Senhô quisé -, retorquiu a nora.
    - Com certeza, eu vou observá-la, vou mandar fazer uma análises e depois volta cá quando elas estiverem prontas.

    Dali a uns oito dias lá voltaram as duas com os papéis das análises na mão. O médico abriu os envelopes, observou os resultados e aconselhou:

    - Muito bem. Os resultados estão normais, por isso agora vou receitar-lhe aqui uns medicamentos para ver se engravida daqui a algum tempo.
    - Sim, s’ doutô. E ê tenhe que tomá os remédies todes? – quis saber a rapariga.
    - Claro que sim, isto se quiser mesmo engravidar. E não se esqueça de que os deve tomar de acordo com o que eu aqui vou escrever. Está bem? – perguntou o médico a uma candidata a grávida já ansiosa. – E não percam o papel porque está aqui escrito quando é que deve tomar e a que horas – rematou o médico as indicações, para que aquilo não desse para o torto. - Ah, e tem que ir tentando regularmente ter relações, porque às vezes pode demorar uns tempos – concluiu.
    - Sim, senhô.

    E lá foram, nora e sogra, rua abaixo em direcção à farmácia, para aviarem a receita.
    Um mês depois deste diálogo lá apareceu a dona Joaquina em nova consulta, com um ar preocupado.

    - S’ doutô, aquela raparigue nã há manêra de tê um pechene – queixou-se a pobre mulher, que aparentemente desejava ser avó o mais depressa possível.
    - E então, diga-me lá, ela está bem de saúde?
    - De saúde? Eh, s’ doutô, ali nã há meléstia qu’entre. Ela é assem um bucade menente, mas é boa reperiga, chêa de saúde.
    - Ainda bem, ainda bem – relaxou o médico. – E ela tem tomado os remédios todos que eu receitei?
    - Os remédies? Ah, sim senhô. Tal e qual com’stava iscrite no papél. Nã faltou um únique dia.
    - E ela tem tentado?
    - Se tem tentade? Tem, sim senhô. Todes os dias. De manhã inté à noute.
    - Muito bem. E por enquanto, então, nada?
    - Nã senhô – confirmou a desconsolada mulher.
    - E as relações, têm corrido bem, se é que a senhora sabe? – perguntou o médico achando que ela sabia bem demais o que se passava lá em casa, com aquela cara que tinha de que não lhe escapava nada.
    - As relaçõs?
    - Sim, mulher, ela tem tido relações de forma continuada, regular? Tem tentado engravidar?
    - Ela tem tomáde os remédies todes, sim senhô.
    - Mas e relações? Ela tem tido regularmente relações com o seu filho?
    - O mê filhe? Eh, s’ doutô... Há um ane e meie que o mê filhe tá pás Bermúdas...
    - O quê?! O seu filho está emigrado nas Bermudas? Há um ano e meio?! Ó mulher, então como é que queria que ela ficasse grávida? – Perguntou o médico, incrédulo. – A senhora não sabe que é preciso um homem e uma mulher para fazerem um filho? Se calhar achava que podia ser por carta, não? Então a senhora não sabe disso?
    - Ah, s’ doutô, Ê já nã m’alembrava...

    Posted by: Rezendes / sábado, fevereiro 12, 2005
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