...um machismo de vez em quando pode ser salutar, desde que tomado com moderação...
Já aqui por diversas vezes escrevi sobre gatos, e gatas também, tento pelo menos evitar o sexismo, se bem que podem esperar sentados e sentadas se pretenderem ver-me aqui assumir posições feministas, isso é lá para elas, as fêmeas, claro, vamos ser claros sobre o assunto, pôr desde já os pontos nos is, eu bem sei que há quem não ponha pontos mas desenhe bolas, mas isso não é para agora, fica para outra ocasião, está prometido, pronto, já assumi o compromisso, posso continuar?, muito obrigado, pois estava eu aqui a escrever que feminismo é coisa que não vão encontrar aqui, talvez noutros blogues, estão à vontade para procurar, não sou eu quem vai impedir tais pesquisas, pois bem, um machismo de vez em quando pode ser salutar, desde que tomado com moderação, estas posologias não vêm na literatura, uma pessoa não abre uma página na Internet e dá logo com indicações e contra-indicações, efeitos secundários, pode ler isto de manhã e à noite, esta página está indicada para depois das refeições, nunca antes, muito menos em jejum então, pode causar náuseas, vómitos, diarreias, para mulheres em fase de aleitamento então nem pensar, era interessante que assim fosse, claro que era, ao menos uma pessoa sabia logo com o que poderia contar à partida, esta página foi-me recomendada pelo meu médico, pode fazer bem aos tiques nervosos, à hipertensão, mas pode ser perigosa em casos de doenças venéreas ou estados avançados de bexigas doidas.
Sobre outros tipos também já me debrucei por diversas ocasiões, desde casos profissionais até situações de demência prolongada, passando por ilustrações diversas, casos de polícia e outros de política, são próximos, estes dois, diria até aparentados, a um falta uma letra e a outro trocar uma letrinha, uma apenas, até o acento agudo lá está, uma confusão que fosse e estava o caldo entornado, se calhar têm ambos em comum algo mais do que as letras, o facto de serem agudos os casos, quero dizer, os acentos, enfim, a tudo isto já me referi, menos aos estofos.
Vou então falar de estofos, começando pelos das cadeiras e deixando para outra ocasião almofadas, maples, não há maneira de nos vermos livres deste estrangeirismo, maples, sofás, de dois, três lugares ou mais, ao menos o sofá vem do árabe, tal como o Algarve, e até o exportámos para Inglaterra, o sofá, não o Algarve, se bem que me parece que este último levou o mesmo caminho, que aquilo por lá é só bifes, e não são de vaca, não, pelo menos que eu tenha reparado, mas nunca se sabe, cadeiras será então, que fazem muita falta para uma pessoa se sentar, neste preciso momento estou a usar uma, podia ser um banco, um mocho, até, mas esses em geral são mais rijos e não têm costas e portanto uma pessoa pode cair deles abaixo se porventura lhe passar pela cabeça endireitar o corpo para trás, já me aconteceu uma vez e não teve graça nenhuma, dei um tombo que me ficou de emenda, o corpo todo dorido, só não parti a cabeça porque devo tê-la dura, mas também não é coisa que queira comprovar cientificamente, não me vou voluntariar para me baterem na cabeça até ver quando é que racha, era o que mais faltava, os cientistas que vão procurar cobaias para outra freguesia.
As cadeiras têm em geral quatro pés, que nunca vi andar para lado nenhum e que não utilizam nem meias nem sapatos, muito menos botas, apesar de poder fazer frio e chover na rua, mas há com rodinhas, como esta onde me encontro, porém não têm motor nem alavanca de velocidades, se bem que também há motorizadas, felizmente ainda não necessitei de nenhuma desta espécie, mas não estou livre disso, ninguém está, bati na madeira para dar sorte e esconjurar o azar, é uma coisa que se costuma fazer, ou então tocar em qualquer coisa branca, encarnada e preta, por esta ordem, são superstições, como não passar por debaixo de escadas, não estar sentado a uma mesa com mais doze pessoas, num total de treze para quem não saiba fazer contas e, neste caso, se tal não puder ser evitado, nunca ser nem o mais novo nem o mais velho, o azar vira-se é para estes, é precisamente nestas alturas que aparece, costuma passar os olhos pela assistência e dizer, olha aquele é o mais novinho, olha aquela é a mais velha, um dos dois está tramado, quem lhes manda sentarem-se aqui e terem a idade que têm, mas sentado é que é o caso de que estava a falar, em cadeiras, uma pessoa não se senta à mesa em sofás ou maples, há quem faça, mas isso são costumes exóticos, e cá para mim pouco confortáveis, os romanos até levavam o conforto ao extremo e deitavam-se para comer, se fosse eu acho que ficava cheio de cãimbras e a comida havia de embrulhar-se-me toda no estômago, mas como não sou não tenho que me preocupar com isso.
Ia nas cadeiras, pois claro, que além dos pés têm costas, para uma pessoa se encostar e não cair dali abaixo, são em geral amovíveis, o que quer dizer que se podem levar de um lado para o outro, não que andem sozinhas para um lado e para o outro, só nos faltava andarmos atrás das cadeiras, vem cá que me quero sentar, não vou que és muito pesado, e essa faculdade de poderem ser transportadas é, convenhamos, muito prática, devia ser um crânio quem inventou as cadeiras, os materiais de que são feitas são os mais diversos, mas o mais comum é a madeira, que as árvores quando nascem já estão fadadas, tu vais para mesa, tu vais para cómoda, tu vais para cadeira, coitadas, nascer com o destino traçado se calhar acontece a todos, mas ao menos a gente não sabe, pode desconfiar mas não tem a certeza, eu sei que há quem diga que sabe mas desconfio que isso é aldrabice para enganar os mais néscios, que é uma palavra engraçada, esta, néscio, quase tão estranha como bidé, eis outro tipo de assento, não tão estofado como as cadeiras mas que faz muita falta, embora agora seja proibido pela legislação internacional nos hotéis, o objecto, não a palavra, sempre podiam inventar legislação sobre coisas mais importantes, agora sobre bidés, que ainda por cima fazem falta, pelo menos a mim, dizem que é por causa da higiene, nesse caso deviam proibir as sanitas que ainda são menos higiénicas, mas o que seria uma casa de banho sem sanita?
Já tergiversei mais uma vez, deixei as cadeiras para trás, que ia a dizer que podem ser estofadas ou não, é conforme, pode-se colocar-lhes almofadas em cima para amenizar as horas em que temos que estar poisados em cima delas, dessas no meu trabalho não há, que é tudo de suma-pau, deve ser para não criar maus vícios, mais vale criar calos no rabo do que estimular a preguiça, ah, é verdade, e há quem tenha o mau hábito de arrastar as cadeiras, não se sabe bem porquê, porque elas podem ser levantadas e colocadas noutro lugar quando é preciso, e também há a dança das cadeiras, mas isso é coisa das políticas e nisso não me meto, que este texto já vai longo demais.