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  • quinta-feira, janeiro 06, 2005

    Não saímos, nem que nos expulsem daqui para fora


    Ao abrir o armário, deparou com um triste cenário. Havia latas fora de prazo, bolachas bolorentas, pacotes de uma massa esverdeada que não o era à partida, diga-se de passagem, feijão já comido pelo bicho, o qual, depois de ter comido o referido feijão, agora celebrava alegremente numa festarola com a família inteira por tudo o que era prateleira, afinal de contas festa era festa e onde iam dois ou três bem que podiam ir mais uns quantos, convidava-se os amigos e a parentada toda e pronto, havia sempre lugar para mais um.

    Como não tinha convidado ninguém daquela vizinhança, desatou a agarrá-los com um pano molhado, podia ser que assim entendessem a deixa, mas qual quê, a folia era tanta que nem davam por nada e se davam o certo é que não havia maneira de pô-los com dono. Procurou uma lata de spray, desses que vendem para aí nos supermercados e que matam os bichos e as pessoas também, e que pelos vistos também servem para dar cabo do ozono, borrifou a bicharada toda da esquerda e da direita, de cima e de baixo, mas aquilo eram do tipo resistente e teimoso, não havia nada que os fizesse largar o poleiro, até parece que traziam cola, por mais insultos que levassem no aparelho auditivo, se é que tinham algum e funcionava, não desarmavam não senhor, deviam achar que tinham direitos vitalícios, nem que o mundo inteiro os enxotasse não havia nada, mesmo nada que pusesse a andar tamanha corja de parasitas.

    Para grandes males, grandes remédios. Retirou-lhes a paparoca toda, enfiou com a comezaina toda em sacos de lixo e lá foi, todo contente, a caminho do contentor. Vamos lá ver se sem a comidinha continuavam a fazer a festa. Logo que regressou, teve a surpresa de observar que não havia nada que os arredasse do lugar. Pelos vistos tinham-se acostumado, aquilo era a casa deles e mais nada, com mordomias ou sem elas já ninguém os arrastava dali, viessem chuvas e tempestades, veneno daqui e dacolá, há tanto tempo que cá estamos, por que raio de coisa havemos agora de ir para o olho da rua? Ao menos aparentemente o negócio funcionava, nem com ordem do tribunal, fosse ele criminal, eclesiástico, constitucional, de apelação ou supremo se punham a marchar. Eram mais que muitos e já viviam à conta há demasiado tempo. Desistiu. Fechou as portas e foi-se embora. Eles que se entendessem com quem viesse para ali morar depois dele. Não querem lá ver os atrevidos dos bichos?...


    Posted by: Rezendes / quinta-feira, janeiro 06, 2005
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