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  • domingo, novembro 14, 2004

    As pessoas

    A nossa preocupação principal é para com qualquer pessoa, e não para com alguém em especial, até porque não nos interessa a especulação sobre uma pessoa, nem divulgamos notícias sobre o jet-set. Muito menos pretendemos aqui fazer referência a um qualquer facto em particular, já que aqui se trata de qualquer pessoa e de qualquer coisa. Não tratamos por isso de assuntos relecionados com outros seres, quer se trate de gatos, de formigas ou de cenouras. Aqui tratamos de pessoas, sejam elas do sexo masculino, do feminino ou mesmo hermafroditas, sejam elas gordas, magras ou assim-assim, altas, baixas ou nem por isso.


    Afirmamos solenemente que qualquer pessoa é capaz de qualquer coisa. Ou até de muitas coisas. As pessoas acordam, lavam-se ou nem por isso, comem qualquer coisa ou nem isso, dão umas voltas quando podem, voltam a comer ou nem isso e depois dormem outra vez. As capacidades inerentes a qualquer pessoa são muitas, e as coisas que fazem são diversificadas.
    Vejamos por exemplo
    a idade: qualquer pessoa tem um ou mais anos. Algumas têm quase um. Há inclusive outras que têm anos demais. E são dignos de referência os casos de idade da infância, da primeira e da segunda, da idade da adolescência, da meia-idade, e da terceira idade. Temos pessoas para cada uma delas. As pessoas consideram que há idades melhores e idades piores, mas trata-se apenas de um ponto de vista e as opiniões sobre este assunto são absolutamente pessoais e variam de acordo com a idade. Merece ainda ser aqui registado o caso das pessoas que não têm idade.
    As pessoas
    andam de um lado para o outro. Há quem refira que se trata de viajar. Viaja-se a pé, de comboio, de automóvel, de barco, de avião, de bicicleta, de moto, de cadeira de rodas, e também se viaja à conta, embora não seja muito claro o que isto significa, porque não é muito vulgar ver pessoas a contar enquanto andam para a frente e para trás; por outro lado, há quem esteja sempre a contar as viagens que já fez e as que virá a fazer no futuro. Nos últimos tempos têm sido notícia as pessoas que viajam de trotinete. Um dos temas que também preocupa muitas pessoas é a última viagem, embora já nem se lembrem da primeira, e existem muitas empresas apenas vocacionadas para esta viagem, embora haja outras que trabalham com viagens para todo o mundo e a que normalmente as pessoas chamam agências de viagens, não se percebendo muito bem porque também não chamam o mesmo às outras, as da última viagem.
    Viaja-se isoladamente, em família, ou isola-se a família e vai-se viajar, o que não deixa de ser uma opção para muitas pessoas, que são capazes da pagar qualquer coisa para ir viajar. Há pessoas que viajam muito e há pessoas que viajam pouco ou nem sequer isso, por isso se diz que haja quem viaje de boca.
    Ora bem, esta é uma expressão curiosa. Viajar de boca significará que não se leva a dentadura nas viagens? Ou então que se vai de viagem e se deixa a boca em casa, no seguimento de uma operação plástica? E quando se volta vai-se novamente ao cirurgião para voltar a meter a boca no sítio? Ou leva-se apenas a boca e mais nada? E será também necessário para isso fazer uma operação plástica antes de viajar? Trata-se, pois, de algo que convém esclarecer, porque pelos vistos há muitas pessoas que praticam esta modalidade. Contudo, não nos foi possível recolher testemunhos acerca do assunto, porque quem tinha boca não a quis abrir para contar como foi, nem pretendeu assim recomendar esta prática.
    As pessoas
    também respiram. Umas pessoas respiram mais do que as outras e há pessoas que já não respiram mesmo nada e que outras pessoas levam embora e escondem num sítio qualquer de maneira que já ninguém lhes põe a vista em cima. A estranheza deste caso chamou a nossa atenção, uma vez que ficou claro que há pessoas que escondem outras pessoas, para já não dizer que há pessoas que escondem coisas.
    Ultimamente tem sido muito debatida a respiração artificial, ou seja, um artifício para pôr a respirar aquelas pessoas que se recusam terminantemente a fazê-lo. Parece que outra modalidade muito em voga, sobretudo na época balnear, é a respiração boca-a-boca. Embora possa parecer fora do normal, neste tipo de respiração não funciona o nariz, que se sabe ser um apêndice que serve para respirar e para outras coisas, nomeadamente para ser metido onde não deve. Os praticantes de respiração boca-a-boca recusam-se a utilizar o nariz, afirmando ser prejudicial às suas actividades, embora não seja muito claro onde é que o metem quando não o estão a usar, e este conselho poderia ser de grande utilidade para certas pessoas, embora para outras nem por isso.
    As pessoas falam, embora nem todas. Também ouvem, mas falam mais do que ouvem, e isto é um fenómeno típico entre certas actividades das pessoas, variando também de acordo com o sexo e a idade. Há quem venda a fala palavra a palavra, há quem venda ao segundo, e há ainda quem utilize certos meios técnicos para se pôr a falar em todo o lado, e quem fale a torto e a direito, não sendo igualmente muito claro o significado deste último tipo de fala, embora nos pareça que as pessoas possam colocar o corpo em várias posições para poderem falar.
    Example
    As pessoas também conversam. Conversam de tudo e de nada, e há sempre gente a conversar. mesmo quando não se quer, há sempre pessoas dispostas a isso. Outras ficam indispostas com isso e algumas nem sim nem não. Foram testemunhados diversos casos de pessoas que têm sempre a mesma conversa e de pessoas que não têm conversa nenhuma. A maior parte das conversas não tem interesse nenhum. Interrogadas umas pessoas quaisquer sobre o assunto, foi praticamente unânime a opinião de que as pessoas gostam de ser levadas na conversa, não tendo ficado porém muito claro para onde é que elas eram levadas, muito embora seja inegável que há quem vá na conversa, não estando este meio de transporte entre os que acima referimos a propósito das viagens.
    Existe uma regra de ouro a propósito da conversa: não se fala enquanto se mastiga. Mas há muitas pessoas que decidem pura e simplesmente ignorar esta regra, defendendo a liberdade plena das suas acções. Daí que seja comum o atendimento nas urgências hospitalares de casos de pessoas atingidas por arroz, batatas, pedaços de bife ou de peixe frito, bocados de fruta ou de vegetais diversos, e até mesmo por caroços. Talvez se encontra aqui a justificação para as viagens de boca a que já fizemos referência anteriormente, sendo assim viagens dirigidas especificamente aos hospitais. Hoje em dia é moda conversar para um objecto que as pessoas encostam ao ouvido, na esperança de manter a conversa em dia, embora muita gente também o faça de noite.
    Com o tempo, as pessoas aprenderam a escrever. Escreve-se em todo o lado, sendo especialmente de bom gosto escrever nas paredes e nos monumentos, que são coisas que as pessoas mandam plantar em certos sítios para se esqueceram delas mais depressa. Escreve-se bem ou mal, conforme as opiniões. Mas escreve-se muito. E depois nem por isso se lê. Mas as pessoas escrevem furiosamente, escrevem furiosas, há pessoas furiosas que escrevem, e há também aquelas que já não escrevem, porque desistiram ou porque pertencem àquele grupo das que foram levadas pelos outros não se sabe bem para onde.
    Posted by: Rezendes / domingo, novembro 14, 2004
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